Esse post é uma continuação da nossa ida ao País Basco, então se você quiser saber um pouco mais sobre a região e sobre a cidade de San Sebastián, dá uma olhada aqui!

Hoje a agente vai falar sobre Biarritz e Bilbao!

Vamos começar por Biarritz?

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Como já falamos anteriormente, a cidade de Biarritz (Miarritze em basco) faz parte do País Basco do lado francês e está localizada no Pyrénées-Atlantique.

Fizemos o trajeto de San Sebastián para Biarritz de ônibus. A empresa Pesa é a que faz o trajeto e as passagens podem ser compradas pela internet ou na lojinha da empresa perto do terminal. Os ônibus saem a partir das 6:45 com intervalo de mais ou menos 2 horas, e a viagem dura 55 minutos e custa 13,15 euros ida e volta. O ponto final em Biarritz fica na Place d’Ixelles e bem ao lado da oficina de turismo, aproveite e pegue seu mapa e informações. Se optar por vir de carro, o estacionamente é bem difícil no centro, mas perto do casino tem um grande estacionamento público.

A cidade é um destino muito frequentado por surfistas e é onde acontecem campeonatos regionais e mundiais de surfe. É também o destino de férias de muitos franceses. É uma cidade pequena e super fácil de se conhecer a pé.

Passeios que fizemos por lá:

A Grande Plage é a praia principal e onde fica um dos principais hotéis da cidade, o Hotel du Palais. O prédio do hotel foi contruido por Napoleão 1855 para sua esposa para ser a residência de férias e refúgio durante a revolução francesa.

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O Casino Barrière Biarritz está localizado em uma ponta da Grande Plage e tem um café com vista para a praia. A partir dele, em uma curta caminhada chegamos à Place Saint-Eugénie, que achamos um lugar super e agradável, pois é toda  cercada por diversos restaurantes com mesas ao ar livre.

No meio do caminho, tem a Av. Edouard VII, que é a principal e onde estão as lojas de grifes e de roupas esportivas.  Outra rua que gostamos foi a Rue Mazagran, que fica perto da Av. Port des Pecheurs, com dezenas de lojinhas, sorveterias, bares etc.

Na Place Georges Clemenceau 17, fica a filial da Gallerie Lafayette e a Avenue Victor Hugo, uma transversal bem perto da Gallerie Lafayette, é outra rua movimentada com livrarias, cafés e também comércio de roupas.

Le marché Central, rue des Halles, aberto somente até 13hrs.

Para chegar à marina, é só procurar por Allé Port des Pêcheurs, onde estão barcos pesqueiros, iates e restaurantes com mesas na calçada.  Partindo do Casino, seguir pelo Boulevard du Maréchal Leclerc. Experimente “degustation de fruits de mer” ou tapas a la mode que são as especialidades locais. Um grande detalhe é que os frutos do mar aqui são servidos gelados! Para esta experiência única escolhemos o Chez Albert no 51 Bis no Port des Pêcheurs.

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Depois do almoço, continuamos a caminhada pelo Boulevard du Marechal Leclerc, para conhecer o Rocher de la Vierge, um pequeno rochedo com uma imagem da virgem no topo, que foi construída em 1865 e colocada lá para dar  proteção aos pescadores. Para chegar ao rochedo, atravessamos a Passerelle Eiffel e na sua extremidade está a rocha com a santinha. O local é bem bonito, valeu a caminhada!

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Se caminhar não for a sua opção, você poderá conhecer os principais pontos turísticos no petite train de Biarritz, que parte da praça do Casino. O passeio dura 30 min e passa pelo litoral.

 

O que comer por lá:

  • Jambon de Bayonne (curado em 6 meses) presunto tipo serrano.
  • Axoa (carne de veado com pimentos)
  • Fromage de Brebis Ardi Gasna (queijode ovelha), normalmente acompanhado por geleia de cerejas.
  • Sobremesa: provar os chocolates artesanais; o gateau basque que é uma torta feita com farinha de amêndoas e recheio de creme confeiteiro e cerejas; os Tourons (torrones); Muxus que são doces feitos de amêndoas; Kanougas, caramelo espetados num palito.

Nestas lojinhas encontramos várias delícias para trazer para a casa:

  • Pariès, Place Bellevue 1 – local ideal para provar as delicias dos doces Bascos.
  • Chocolaterie Henriet à Biarritz, Place Clemenceau
  • Queijos Mille et un Fromage, Rue Victor Hugo 8

 

Bilbao

Em 1300, a população crescia e ganhava importância às margens do Rio Nervion. O Sr. Biskaia a elevou à condição de cidade. Até hoje é um caminho muito importante para os peregrinos que vão para Santiago de Compostella.

O Casco Viejo, parte mais antiga da cidade, não possui prédios muito antigos, as construções são do séc. 19. Antigamente, a região foi uma potência econômica, as indústrias siderúrgicas moviam a cidade. Porém, com o fechamento do estaleiro Euskalduna e mais adiante da Sociedade Altos Hornos, que durante anos foi a maior empresa espanhola, Bilbao então passou por uma grande crise. As indústrias foram embora, mas deixaram um rastro de poluição no rio Nervion. Foi preciso muito esforço, mas aos poucos conseguiram revitalizar o rio e o centro. Com a construção do museu Guggenheim, obra do arquitero Frank Ghery, a cidade começou a ganhar de novo vida.

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Do aeroporto à cidade são 15 minutos de ônibus e custa 1,45 euros. Nosso hotel foi escolhido em função principalmente da sua localização, que era perto do ponto do ônibus para o aeroporto na parte nova da cidade, do museu Guggenheim (10 min à pé), estação de metrô Moyua, perto da Gran via de Don Diego e havia várias ruas de comércio e bares no entorno.

Ficamos no Hotel Carlton – Plaza de Federico Moyúa 2. Uma suntuosa construção de 1919,foi todo remodelado em 2007, porém não sendo descaracterizado.O café da manhã estava incluído e achamos farto e bem gostoso.

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O que fizemos por lá:

Museu Guggenheim, obra de Frank Gehry, inaugurado em 1997 às margens do Rio Nervion – do outro lado do rio está o Casco Viejo (parte antiga da cidade).

Da Plaza de Dom Frederico Moyúa pegamos a Elcano Kalea que termina bem na Euskad Plaza e onde já começamos a entrar no clima do museu que fica logo adiante.  Aqui vale destacar que achamos a cidade limpíssima, não se vê papel no chão. Voltando para nosso passeio, separe um tempo para ver a arte do lado de fora do museu, reserve pelo menos umas duas horas. Logo na entrada “Puppy”, de Jeff Koons, um cãozinho enorme todo coberto por vegetação e que na primavera fica todo florido. Do mesmo artista, um ramo de tulipas coloridas gigantes.

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Tam também “Mama”, a aranha gigante de Louise Bourgeois.

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O “Arcos rojos” de Daniel Burem foi colocado em uma das pontes para a comemoração do aniversário do museu.

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E também “El Grand árbol y el ojo” de Anish Kapoor – esta escultura parece uma grande árvore toda feita com bolas de aço.

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As exposições no museu mudam constantemente. A única exposição permanente é a “Matter of time”, desenhada por Richar Serra. São imensas folhas de aço em formato de espirais e elipses formando uns labirintos onde podemos nos perder.

Talvez o artista tenha tido a intenção de lembrar a antiga atividade da cidade ligada  ao porto e à metalurgia.

O restaurante Nerua do museu é maravilhoso! Possui entrada independente do museu. Com uma decoração minimalista, toda branco e bege, o restaurante é comandado pelo chef Josean Alija e está incluído entre os 100 melhores do mundo segunto a revista Restaurant. Fiquei impressionada com a simplicidade e ao mesmo tempo o requinte que fomos tratados. Fomos no horário do almoço e o restaurante estava quase lotado. Todos com certeza saíram da visita ao museu e foram para lá, ou seja, estavam com roupas informais. Um detalhe que me impressinou foi o movimento sincronizado dos garçons ao servir a mesa, parecia um ballet. O menu varia de acordo com a estação e tem várias opções de acordo com a quantidade de pratos. Também podemos escolher a opção com ou sem bebida. Fomos no menu de 9 pratos e com a bebida incluída, mas tem a opção de ser a la carte. Se for ao restaurante não deixe de visitar o banheiro, que fica escondido entre vários lambris de madeira. A surpresa maior é no interior onde são oferecidas toalhas de felpa macias que após o uso jogamos numa cesta e o mimo maior ficou por conta do kit para higiene bucal com pasta escova e fio dental.

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Após o indescritível almoço no Nerua, resolvemos andar pelas margens do rio Nervion e nos encaminhamos ao Casco Viejo, Las Sietes Calles, parte antiga da cidade onde estão os monumentos mais antigos como a Catedral de Santiago, La Iglesia de San Antón, Museo Arqueológico, entre outros.
Começamos o passeio pela Plaza Nueva e fomos nos perdendo nas várias ruas de pedestres com comércio e bares.

Para comer, indicamos ainda o Café Iruña – Colón de Larreátegui, 13, bem na esquina da Berástegui Kalea e em frente ao Jardines de Albia. A Colón é uma paralela à Gran via de Don Diego. Este restaurante está aberto desde 1903, são vários espaços, decorados com azulejos inspirados na arte mudejar, confesso que de gosto duvidoso. Mas o que importante mesmo é que o atendimento e a comida foram excelentes. O jantar para dois com a bebida incluída custou com 45,75 euros.

 

Veja mais sobre o País Basco aqui!

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Geminiana, curiosa, habilidosa, apaixonada por gastronomia, moda,viagens, e gente bem humorada.

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